Síndrome do QT longo

Síndrome do QT Longo

A Síndrome do QT Longo (SQTL) é uma condição cardíaca que afeta a duração do intervalo QT no eletrocardiograma (ECG), um parâmetro que mede o tempo que o coração leva para se despolarizar e repolarizar. Essa síndrome pode levar a arritmias potencialmente fatais, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular. Neste verbete, abordaremos os aspectos clínicos, causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e orientações preventivas relacionadas à SQTL.

O que é o Intervalo QT?

O intervalo QT é uma medida no ECG que representa o tempo total de despolarização e repolarização dos ventrículos do coração. Um intervalo QT prolongado pode indicar um risco aumentado de arritmias. O intervalo é considerado prolongado quando ultrapassa 450 ms em homens e 460 ms em mulheres.

Classificação da Síndrome do QT Longo

A SQTL pode ser classificada em duas categorias principais:

  • Congênita: Resulta de mutações genéticas herdadas.
  • Adquirida: Causada por fatores externos, como medicamentos ou condições médicas.

Causas da Síndrome do QT Longo

As causas da SQTL podem ser divididas em congênitas e adquiridas:

1. Causas Congênitas

As formas congênitas da SQTL são frequentemente associadas a mutações em genes específicos. Os tipos mais comuns incluem:

Tipo Gene Associado Características
SQTL Tipo 1 KCNQ1 Associado a arritmias durante o exercício ou estresse emocional.
SQTL Tipo 2 KCNH2 Geralmente desencadeada por estímulos auditivos.
SQTL Tipo 3 SCN5A Associada a arritmias noturnas.

2. Causas Adquiridas

As causas adquiridas da SQTL podem incluir:

  • Uso de medicamentos (ex: antiarrítmicos, antidepressivos, antibióticos).
  • Distúrbios eletrolíticos (ex: hipocalemia, hipomagnesemia).
  • Doenças cardíacas (ex: cardiomiopatia, infarto do miocárdio).
  • Condições metabólicas (ex: hipotireoidismo).

Sintomas da Síndrome do QT Longo

Os sintomas da SQTL podem variar de leves a graves e incluem:

Sintoma Descrição
Palpitações Sensação de batimentos cardíacos rápidos ou irregulares.
Desmaios Perda de consciência, frequentemente relacionada a arritmias.
Convulsões Podem ocorrer em casos de arritmias graves.
Morte súbita Em casos extremos, pode ocorrer devido a arritmias fatais.

Diagnóstico da Síndrome do QT Longo

O diagnóstico da SQTL é realizado através de:

  • Análise do histórico médico e familiar.
  • Exame físico.
  • ECG para medir o intervalo QT.
  • Testes genéticos, se necessário.

Tratamento da Síndrome do QT Longo

O tratamento da SQTL depende da causa e da gravidade da condição. As opções incluem:

  • Modificação de medicamentos que prolongam o QT.
  • Suplementação de eletrólitos, se necessário.
  • Uso de betabloqueadores para prevenir arritmias.
  • Implante de desfibrilador cardíaco em casos graves.

Orientações Preventivas

Algumas orientações podem ajudar a prevenir complicações associadas à SQTL:

  • Evitar medicamentos que prolongam o intervalo QT sem supervisão médica.
  • Manter níveis adequados de eletrólitos no organismo.
  • Realizar acompanhamento regular com um cardiologista.
  • Informar familiares sobre a condição, especialmente em casos de SQTL congênita.

FAQ – Perguntas Frequentes

1. O que causa a Síndrome do QT Longo?

A SQTL pode ser causada por fatores genéticos (congênita) ou por medicamentos e condições médicas (adquirida).

2. Quais são os sintomas da Síndrome do QT Longo?

Os sintomas incluem palpitações, desmaios, convulsões e, em casos extremos, morte súbita.

3. Como é feito o diagnóstico da Síndrome do QT Longo?

O diagnóstico é feito através de ECG, histórico médico e, se necessário, testes genéticos.

4. Existe tratamento para a Síndrome do QT Longo?

Sim, o tratamento pode incluir modificação de medicamentos, uso de betabloqueadores e, em casos graves, implante de desfibrilador cardíaco.

5. Como posso prevenir complicações da Síndrome do QT Longo?

Evite medicamentos que prolongam o QT, mantenha níveis adequados de eletrólitos e faça acompanhamento médico regular.

Referências

Aviso Legal: As informações presentes neste artigo têm caráter informativo e educacional e não substituem o aconselhamento de profissionais de saúde. Sempre consulte um médico ou profissional qualificado para orientações personalizadas.

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